A música contemporânea foi visceralmente marcada pela tecnologia. A invenção do fonógrafo, em 1877, exigiu uma remodelação radical em toda a rede de relações existente nos processos de criação e recepção estabelecidos até então. Nesse movimento, a escuta passou a ser o foco desse novo fazer musical. Na segunda metade do século XX, porém, o desenvolvimento das tecnologias eletroeletrônicas gerou um novo ciclo de transformações, permitindo, por exemplo, a criação de músicas sem notas e de performances musicais sem instrumentistas. Assim, a criação musical retoma seu predomínio, balizada pelo poder de inventividade que os novos meios lhe proporcionam. Ocorre, então, a instrumentalização da escuta e da criação musicais, que passam a ser mediadas por um número crescente de aparatos de operadores eletrônicos. Com base nesses dois paradigmas, Fernando Iazzetta desenvolve, em Música e Mediação Tecnológica, um levantamento minucioso dos instrumentos, das técnicas, das formas de composição e de suas resultantes artísticas e estéticas que geram um novo espaço, cuja exploração, criativa e auditiva como obra musical, apenas começa a ser realizada pelo que se poderia chamar de uma nova musicalidade.
Serviço
Música e meditação Tecnológica
Fernando Iazzetta
232 páginas - R$ 62,00 (em média)
Editora Perspectiva
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