Quando chegou ao Uzbequistão, Craig Murray era um diplomata em ascensão, e assumia um posto estratégico. A missão do embaixador era clara: fortalecer as relações comerciais entre aquela ex-república soviética e a Grã-Bretanha e, se possível, dar uma mãozinha aos americanos na Guerra contra o Terror.
Deparou-se, contudo, com espinhosas surpresas. Após presenciar um julgamento fraudulento de dissidentes, Murray recebe fotos estarrecedoras, nas quais um opositor do regime aparece, literalmente, fervido até a morte. Ao retransmitir a informação pelos canais do serviço britânico, a resposta foi ainda mais escandalosa, e a mensagem, apesar de encoberta pelo jargão político, era clara: o governo uzbeque é nosso aliado na guerra contra o terror, não interfira.
Apreciador de um bom copo (ou três) e mulherengo contumaz, Murray era pouco afeito ao empolado código de conduta diplomático, e estava longe de ser um modelo de comportamento. No entanto, logo se viu no papel de herói involuntário e foi a público revelar fatos constrangedores que seus colegas e chefes teimavam em ignorar.
Em meio a perseguição política e muita diplomacia suja, Murray fala também de sua conturbada vida pessoal e da paixão por uma stripper de Tashkent, improvável aliada deste ativista acidental que jogou fora uma carreira brilhante para dedicar-se a uma causa que ninguém ousara defender.
Serviço:
Diplomacia suja
Craig Murray
Tradução: Berillo Vargas
472 páginas - R$ 58,00 (em média)
Editora Companhia das Letras
Deparou-se, contudo, com espinhosas surpresas. Após presenciar um julgamento fraudulento de dissidentes, Murray recebe fotos estarrecedoras, nas quais um opositor do regime aparece, literalmente, fervido até a morte. Ao retransmitir a informação pelos canais do serviço britânico, a resposta foi ainda mais escandalosa, e a mensagem, apesar de encoberta pelo jargão político, era clara: o governo uzbeque é nosso aliado na guerra contra o terror, não interfira.
Apreciador de um bom copo (ou três) e mulherengo contumaz, Murray era pouco afeito ao empolado código de conduta diplomático, e estava longe de ser um modelo de comportamento. No entanto, logo se viu no papel de herói involuntário e foi a público revelar fatos constrangedores que seus colegas e chefes teimavam em ignorar.
Em meio a perseguição política e muita diplomacia suja, Murray fala também de sua conturbada vida pessoal e da paixão por uma stripper de Tashkent, improvável aliada deste ativista acidental que jogou fora uma carreira brilhante para dedicar-se a uma causa que ninguém ousara defender.
Serviço:
Diplomacia suja
Craig Murray
Tradução: Berillo Vargas
472 páginas - R$ 58,00 (em média)
Editora Companhia das Letras
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