quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Simples escritos sobre Lacan

São Paulo, 26 de setembro de 2007 – “Bastam 10 anos para que o que eu escrevo se torne claro para todos.” Com essas palavras, Jacques-Marie Émile Lacan (1901-81) encerrava, dez anos antes de sua morte, uma rara entrevista dada à televisão francesa.

Autor reconhecidamente difícil, de poucos textos redigidos, Lacan tinha tudo para ser esquecido. No entanto, suas idéias tornaram-se ponto de passagem obrigatória para os interessados na clínica psicanalítica.

O volume 73 da coleção Folha Explica, da Publifolha, sintetiza os principais temas da obra do psicanalista francês, voltando-se para aqueles que querem compreender a filosofia, a teoria social, a política, a estética e a crítica da cultura no início do século 21.

Para o autor Vladimir Safatle, professor do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP), Lacan pode ser considerado, talvez, o único psicanalista, juntamente com Freud, cuja obra é obrigatória para aqueles com preocupações não se restringem apenas à clínica, mas dizem respeito a um campo amplo de produções socioculturais.

“Não se trata apenas de insistir na relevância de suas posições no debate sobre a clínica psicanalítica nas últimas décadas. E sim, de sublinhar como Lacan também se tornou um interlocutor privilegiado em reflexões contemporâneas, como a teoria social, a política e a cultura”.

Lacan é considerado, por muitos psicanalistas, o último de sua geração a repensar todo o sistema fruediano, tornando-se um dos grandes intérpretes de Freud, especialmente quando considera o inconsciente como uma linguagem. É também conhecido por ter reduzido o tempo de duração das sessões de análise, trazendo a defesa de uns e a reprovação de outros.

Serviço
Folha Explica - Lacan
Vladimir Safatle
96 páginas - R$ 17,90 (em média)
Publifolha

Nenhum comentário: