Na China, o dragão não é simplesmente um animal fabuloso. Desde que o primeiro imperador, Qin Shi Huang, associou-se à sua imagem, o dragão foi um símbolo da realeza, do país, de seu povo, de sua força. Hoje ele representa a paz, e por isso é festejado a cada Ano-Novo. Este livro conta a lenda chinesa do nascimento do dragão. Segundo ela, no tempo em que esses seres ainda não existiam, os homens, as mulheres e as crianças da China viviam em tribos sob a proteção de espíritos bondosos: os pescadores tinham o cuidado dos peixes; os homens, das montanhas, dos pássaros; os cavaleiros, das planícies sem fim, dos cavalos; os dos planaltos, das serpentes; e os camponeses dos arrozais juravam pelos búfalos.
Acontece que, por seus animais protetores, os chineses empreendiam guerras sem fim. Até que as crianças resolveram declarar guerra à guerra. Elas criaram um animal que protegia todos ao mesmo tempo, e que era vivo como o peixe, esperto como a serpente, livre como o pássaro, rápido como o cavalo e forte como o búfalo. Elas pegaram o corpo da serpente e colaram nele as escamas do peixe; acrescentaram a cabeça do cavalo e nela colaram os chifres do búfalo; por fim, adicionaram as patas do pássaro. A este animal incrível, que podia se elevar nos ares, mergulhar nos mares e se enfiar na terra, deram o nome de dragão. A história vem acompanhada de ilustrações, enfeitadas com carimbos de ideogramas, e também do texto em chinês. Ao final, um pequeno anexo fala sobre a importância dos carimbos e da caligrafia na China, ensina a ordem correta dos traços nos ideogramas e sugere um jogo da memória com as imagens do livro.
Serviço
O nascimento do dragão
Marie Sellier
Tradução: Fernanda Mendes
40 páginas - R$ 29,00 (em média)
Editora Companhia das Letrinhas